Tamara Landau
PsicanalistaEla dá início a seu percurso analítico ainda muito jovem com Cesare Musatti, o pioneiro da psicanálise na Itália.
Em 1970, em Paris, ela encontra Jacques Lacan que a convida a participar da Escola Freudiana. Ela inicia, algum tempo depois, uma análise e uma supervisão com Lacan.
A partir desta época, ela trabalha com Stanislas Tomkiewicz, pedopsiquiatra esclarecido, muito engajado na luta pelo respeito dos doentes mentais (na época, na França, ainda presos em camisolas de força). Tomkiewicz, diretor de pesquisa no I.N.S.E.R.M. (Montrouge), passa depois a ser seu orientador de tese, e apresenta-lhe todos os protagonistas da “antipsiquiatria” na Europa: Cooper na Inglaterra, Basaglia na Itália e Roellens na França.
Em 1972, ela participa com Tomkiewicz da criação de um setor “antipsiquiátrico” no departamento francês de Seine-Saint-Denis, verdadeiro “lugar” de troca apaixonada de ideias libertárias e de criação entre os terapeutas e os pacientes.
Muitos filósofos, psicanalistas e artistas de renome participam desta aventura. Desde então, apesar de findada esta experiência e da nova orientação da psiquiatria na França, que rejeita aos poucos todas as referências à psicanálise, Tamara Landau continua trabalhando nesta região enquanto “psicanalista de campo”.
Em 1973, Tamara participa da criação da revista “GardesFous” e integra o comitê editorial (Artigo “Mise au Point” Esclarecimento).
Ela ensina a psicologia patológica na Universidade da cidade de Amiens, como professora visitante, e trabalha também, durante uns dez anos, como psicoterapeuta junto a adolescentes em dificuldade, residindo em uma unidade de acolhimento, e junto a pacientes alcoólicos e usuários de drogas.
Ela prossegue em sua formação psicanalítica (análise, supervisões e seminários de supervisão, cartéis) com outros seniores da psicanálise (Octave Mannoni, Gisela Pankow, Jean Clavreul, Françoise Dolto).
Ela é psicanalista membro ativo do Centro de Formação e de Pesquisa Psicanalítica desde sua fundação, em 1982, no qual vem animando muitos seminários de pesquisa e de supervisão.
Em 1994, é membro fundador da Sociedade de Psicanálise Freudiana (Paris), onde ela segue animando seminários de pesquisa.
Desde 1994, ela também é escultora.
Em 2007, é membro e redatora da revista Insistance (Insistência).
Em 2008, é membro de honra do movimento psicanalítico “La Ginestra” na Itália. No mesmo ano, funda com Jean-Pierre Landau a associação MnemoArt, grupo de pesquisa experimental ligando psicanálise, arte e ciência. MnemoArt é composto de psicanalistas, artistas, escritores, pesquisadores e músicos.
Em 2009, ela passa a ser membro encarregada das relações culturais e artísticas Paris-Roma do I.S.A.P., Institut de Hautes Études Psychanalytique (Instituto de Altos Estudos Psicanalíticos) e redatora do JEP, Journal of European Psychoanalysis (Jornal de Psicanálise Europeia), revista em língua inglesa editada em Roma (Itália) e Nova Iorque (Estados-Unidos)
Em 2016, torna-se membro encarregada das relações culturais e artísticas Paris-Roma do Centro Antinoo Internacional/Fundação Marguerite Yourcenar.